Como pais e avós devem acolher as escolhas dos jovens?
Neste fim de semana uma senhora amiga chorava suas mágoas por conta das escolhas de um de seus netos. Um profissional jovem – na faixa dos 30 anos, que trabalha numa multinacional e é super-reconhecido, já tendo feito várias viagens para supervisionar unidades na Europa e na Ásia – informou à família que no fim do ano sai da empresa e vai para a Tailândia aprofundar seus conhecimentos de yoga!
“Meu neto está doido, não sabe o que está fazendo… nunca pensei que me traria tanto desgosto…. tudo culpa da internet!”
Assim como esta senhora, há muitos familiares, sobretudo mães e avós, que não conseguem entender escolhas tais como largar um trabalho muito bem remunerado para se dedicar a algo que traga felicidade. E esta falta de percepção de que os valores são outros, sobretudo a troca do retorno material/financeiro pelo prazer de se fazer o que se gosta, de se sentir útil ao mundo, gera nos jovens conflitos mais profundos. Afinal familiares queridos questionam decisões tão essenciais.
Nos processos de coaching em que atendi mileniums, que constituem cerca de 80% da minha clientela, ficou evidente como as atitudes dos familiares deveria ser de acolhimento e de diálogo. Muitas vezes os jovens vem fazer coaching muito bem preparados para a transição de carreira e vida a que se propõem, e o processo acaba sendo como demonstrar tal segurança aos pais e avós.
Crises entre gerações é algo que sempre existiu, não há novidade nisto! Mas o que está acontecendo agora é que as escolhas são disruptivas e acompanham a velocidade da internet. Por isto a senhora em quentão culpou a internet por seu desgosto…
Existe aí uma necessidade de se preparar os familiares para acolher estas escolhas dos jovens, a partir da consciência e da responsabilidade por seus atos, e deixá-los livres para buscar seu caminho que passa por debaixo do arco-íris!