Viagem internacional em tempos de pandemia – parte 6
No post anterior contei como foi o preparativo para a viagem de maio de 2021 e o início, em quarentena. Agora, vamos a parte divertida da viagem!
Com o resultado negativo do teste PCR no sétimo dia, fui autorizada a sair da quarentena. Assim tive três dias livres, antes de começar o curso. Aproveitei para ver amigas que moram na Suíça e explorar o entorno. Apesar de viajar com frequência para este país, há sempre destinos novos a conhecer e outros a rever.
Montreux é conhecida internacionalmente por seus festivais de música e também pelo lindo calçadão florido e plantando com palmeiras, a beira do lago, dando à cidade um ar mediterrâneo, apesar das montanhas cobertas de neve ao redor. Aproveitei o único dia de sol para caminhar e apreciar o entorno. Em outro dia fui explorar o Monte Pelerin, com uma vista magnífica para o lago Leman, e no terceiro me aventurei até Gstaad, indo no trem panorâmico desde Montreux.
Em Gstaad tive o primeiro telefonema de controle, inesperado! O centro médico do cantão local, que é diferente de Vaud, onde fica Montreux, me ligou para me informar que eu deveria ficar em quarentena. Pelo meu celular, eles me identificavam como sendo do Brasil. Tive de explicar que já estava na Suíça há mais de dez dias, que tinha estado em quarentena antes e que já tinha testado negativo para PCR. Em resumo, eles só aceitaram quando eu enviei a copia do email do cantão de Vaud me liberando da quarentena. O mesmo aconteceu quando cheguei a Gruyere, local do curso, na chegada a Berna para a conferência e no aeroporto de Zurich. Haja controle!
Os dias em Gruyere foram excelentes. Nossa turma feliz por se reencontrar. Prontos para o sétimo módulo da Formação Profissional em Acompanhamento Humano. Desta vez o tema era Alma Humana e os 12 sentidos. Depois do curso fui para o Goethano para participar da primeira conferência presencial da Sociedade Antroposófica, desde o inicio da pandemia. Apenas 50 pessoas poderiam participar, vários controles de segurança. Inclusive cadeira com local marcado! Mas foi outro momento inspirador onde exploramos o uso da arte, em suas várias formas, para o desenvolvimento do ser humano.
A volta ao Brasil se aproximava, tinha de fazer novo teste PCR para retornar. Novas pedras! Com o feriado e o fim de semana, as opções de onde fazer o teste e ter o resultado com menos de 72h antes do voo ficaram resumidas a duas: fazia na sexta a tarde no centro de Berna e perdia uma parte da conferencia, ou fazia no dia de embarcar pela manha em Zurich e perdia o final da conferencia. Optei por fazer em Berna, para ficar livre logo!
Tive algumas dificuldades para agendar o teste – apenas pelo site em alemão, mas a responsável pelo local onde me hospedei me ajudou. Teste feito, a atendente me explica que o resultado será enviado por email criptografado e que receberei um SMS com o código de acesso. Ela só não explicou que o email viria em alemão e que todas as orientações para chegar ao resultado também seriam em alemão. Com meu parco conhecimento deste idioma consigo ver o resultado – negativo, ufa! Copio a tela e peço a atendente do Goethano para imprimí-lo. Sim, só impresso é valido para embarcar e para apresentar na chegada ao Brasil. Depois deste sufoco, decido que é hora de retornar ao estudo do alemão – na lista para 2022.
No aeroporto em Zurich o embarque foi tranquilo para mim, mas várias pessoas foram barradas porque não tinham o resultado do teste impresso ou porque não tinham no celular a cópia do registro do sistema de controle do Brasil. Sim, confuso, o resultado do teste tem de estar impresso, mas o registro do sistema de controle tem de estar no celular!
Voo vazio, sem sobressaltos, chegada tranquila em Guarulhos e conexão para o Rio de Janeiro confirmada no horário. Finalmente em casa, respiro aliviada por ter acabado tudo bem. Já planejando a viagem de outubro, para o oitavo módulo do curso, e sonhando com uma possível viagem em agosto, para ver a família nos Estados Unidos.
Mas antes tem a segunda dose da vacina em julho!