Resiliência para lidar com o imprevisto
A pandemia ainda está presente, com virus mais contagiosos, mas a vida vai encontrando formas de lidar com os desafios. Com mais pessoas vacinadas e doses de reforço a cada 6 meses, as restrições estão sendo amenizadas ou suspensas e as viagens voltam a fazer parte da realidade. Assim, no inicio de 2022, retomei plenamente minha agenda anual de viagens internacionais, por razoes pessoais, familiares e profissionais.
Tentei resgatar passagens aereas compradas antes da pandemia. Todas as empresas tiveram dificuldade de se manter e a maioria faz propostas econômicas indecorosas ou grandes restrições para remarcar os bilhetes. Na maior parte, consegui. Outras, dei por perdido o dinheiro pago. Um aprendizado foi evitar comprar bilhetes com antecedência e observar os critérios caso seja necessário alterá-los.
Em termos de hospedagem, já praticava fazer reservas que pudessem ser canceladas dias antes. Então não tive prejuízos neste quesito. Pude cancelar as hospedagens durante a pandemia e agora as estou retomando. Só que fiquei ainda mais criteriosa em relação aos comentários sobre limpeza e, sobretudo, se a acomodação segue as orientações relacionadas à prevenção do COVID. Um hábito que passei a praticar foi indicar que não quero limpeza diária na acomodação. Assim crio um espaço mais seguro onde me hospedo.
No mais, em termos de restaurantes e lugares a visitar, evitar lugares cheios e horários de pico já era uma prática antiga. Afinal ninguém merece passar horas numa fila numa viagem. Pesquisar com antecedência sobre lugares de interesse, fazer um planejamento diário e, dentro do possível, comprar ingressos com antecedência, continua interessante. Mas observe a possibilidade de cancelar a compra do ingresso.
Por que estou fazendo estas considerações? Porque a pandemia ainda está ai e, por mais que nos protejamos e estejamos vacinados, podemos ser contaminados. Isto aconteceu comigo exatamente entre duas viagens: voltava de uma estada longa no Panama e seguiria para duas semanas na Europa. Dois dias depois do voo Panama / Rio, os sintomas apareceram – dor de garganta e febre. Duraram 24h, mas deixaram uma moleza no corpo e o paladar alterado por mais 5 dias. A viagem precisou ser alterada, passagens aéreas reemitidas, hotéis e alguns compromissos cancelados.
Não vou dizer que passei incólume pelo momento. Claro que não!! Mas estou certa que a resiliência que venho desenvolvendo nos últimos anos, sobretudo por conta da pandemia, me ajudou a lidar com este imprevisto. Aproveitei a parada forçada para rever a programação de viagens para, de alguma forma, incluir no futuro compromissos adiados. E também permiti cuidar mais do corpo e da mente, para melhor me recuperar.
E voce, o que tem feito para desenvolver sua resiliência?