Sociedade Transformar

15 de setembro de 2018

Consciência transformadora e sua relação com o dinheiro

Na maioria das vezes nossa relação com o dinheiro está associada ao passado – somos remunerados pelo nosso trabalho, pagamos por algo que foi produzido ou por um serviço prestado. Por vezes nos preocupamos em poupar para adquirir algo ou para ter um capital disponível para quando nos aposentarmos. Mas quando estes dinheiros forem gastos, ainda será com esta associação ao passado.

E se nossa relação com o dinheiro tivesse como meta o futuro que desejamos criar?

Ouvindo nossa consciência, seriamos mais criteriosos ao selecionar as organizações onde gastamos e onde guardamos nosso rico dinheirinho.
Se tomamos conhecimento que uma rede que fabrica roupas tem um projeto social que suporta famílias em situação de risco, enquanto outra usa mão de obra infantil na produção de produtos, deveríamos optar pela primeira, para não contribuir para este contexto de abuso infantil, mesmo que signifique gastar um pouco mais por produtos similares.
De forma semelhante, deveríamos questionar onde é aplicado o dinheiro que depositamos numa poupança ou num fundo de investimentos. Quem gostaria de saber que o dinheiro que está poupando para fazer uma viagem dos sonhos é o mesmo que está financiando a compra de armas para uma guerra onde milhares de inocentes serão mortos ou mutilados?  E sobre a entidade financeira com quem nos relacionamos, com que valores morais é gerida? Tem escritórios em paraísos fiscais, conhecidos por lavagem de dinheiro?
Buscando aprimorar nossa relação entre dinheiro e consciência, podemos classificar o dinheiro em três categorias: o de comprar, o de poupar e o de doar.
Comprar, não é pagar pelo serviço prestado ou bem produzido, mas para que aquele bem ou serviço, que consideramos de qualidade, continue a existir no futuro. Comprar de entidades onde  os profissionais envolvidos tenham condição de se sustentar no futuro. Por vezes, isto significa que seria necessário pagar um pouco mais no presente para que o fornecedor aumente seu mercado, ou que a tecnologia evolua, de modo que no futuro até possa adquirir o mesmo bem mais barato. Um exemplo disto é a aquisição de equipamentos de energia solar. Se paga um valor razoável hoje, para receber energia de graça no futuro, e até mesmo poder vendê-la! Outro exemplo é a agricultura orgânica, que ao se entrar em grupos de cestas semanais entregues diretamente pelo produtor, nos comprometemos a consumir o que ele tiver condição de produzir, pagando indistintamente pela cesta.
Mas aí surge a pergunta: de onde saiu o dinheiro para produzir inicialmente? Veio do dinheiro de poupar ou de doar.
Poupar, não é investir em fundos genéricos, mas com intenção de contribuir efetivamente para que projetos de transformação social aconteçam. Neste ponto, vale ressaltar, que este dinheiro poupado deve ser remunerado da mesma forma que se estivesse investido em instituições financeiras tradicionais. A diferença ficaria pelo tempo que estaria aplicado, porque para uma transformação social acontecer leva mais tempo do que uma aplicação no overnight, que acaba sendo dinheiro gerando dinheiro, não riqueza real. Neste caso, temos poucos exemplos, sobretudo quando pensamos no cidadão comum. No final de 2017, procurei gerentes de alguns  bancos para dizer que gostaria de investir num fundo social e questionar quais seriam as opções. Nenhum deles soube me responder na hora. Apenas uma entidade me apresentou duas opções – produção de vídeos educativos para uma canal de TV ou financiamento de projetos eco-ambientais e energias renováveis. Mas o gerente fez a questão de ressaltar que a rentabilidade seria bem menor que em outros fundos.

Os sistemas de crowfunding ou vaquinhas tem também uma proposta de financiar a transformação social, mas a remuneração passa a ser na forma de receber algum bem ou serviço em troca, o que estaria mais na linha do comprar pelo que será produzido, ou na forma de agradecimento/reconhecimento, que está mais na linha do doar.

Doar, não deixar como herança. Ser capaz de desapegar-se, em vida, de parte de seus bens para suportar projetos de transformação social, sem ter qualquer retorno para si mesmo. Observei em Harvard alguns exemplos. Ex-alunos que doam para a modernização dos edifícios em que estudaram ou que criam fundos para a concessão de bolsas de estudo para mulheres de países menos favorecidos. Temos também as campanhas de doação sistemáticas, como a dos Médicos sem Fronteiras, onde pequenas doações mensais podem mudar vidas.
Escolher que impactos deseja gerar no mundo e se comprometer com isto, no dia a dia, ao comprar, poupar ou doar!
E se a leitura deste post te tocou no coração, então clique na imagem e vem conhecer a Rede Dinheiro e Consciência, formada por pessoas e instituições que, não só acreditam que este modelo é possível, mas que vêm construindo esta realidade no Brasil. Quem sabe você não passa a fazer parte?
 

rede dinheiro e consciencia

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